O produtor luso-angolano Beatoven acaba de lançar um remix do hit “Lua”, de Ivandro. Mais de um ano e 14 milhões de views depois, a música chega-nos agora aos ouvidos com uma sonoridade nova e dançante.
Desde o álbum Mind Frames, com estreia em 2021, que Beatoven não apresentava nada em sua autoria. Como artista, Beatoven precisava de criar espaço para materializar a renovação de inspirações, vibrações e novas vibes. É nesse contexto que lança agora este remix, com uma sonoridade “leve, dançável e direcionada para as pistas num tom que podemos considerar hip hop alternativo eletrónico”, diz-nos o próprio.
Na produção do remix, “contamos com visuais de 35 Silver Visuals, Masterizção de Mixed by Finesse e o Art Work de Designewfinesse”, acrescenta.
A música é só o primeiro fragmento de Waves, uma coletânea de remixes com uma cronologia de lançamentos semanais e que antevê o próximo projecto de originais de Beatoven, com o título ALGO(ritmo). A data de lançamento ainda não foi revelada mas está apontada ainda para este ano.
Esta transição do produtor define uma mudança de equipa, espaço e hábitos, disse-nos sem adiantar detalhes.
“Aleluia” do Jimmy P aterrou nas prateleiras de streaming depois de o artista ter lançado “Soba” e “Narrativa”. O clipe e a música foram apresentados na última terça-feira, 18, na Bela Vista, em Lisboa.
Ao contrário do que se possa pensar, o “Aleluia” de Jimmy P não está propriamente ligado ao significado “Louvem A Deus” ou a uma divindade cristã. Dito pelo próprio rapper numa entrevista durante a Listening Party privada da música, “Aleluia” chega a ser bastante pessoal porque tem a ver com a espiritualidade, forças do universo e energias criativas, estes e outros pontos que refletem a sua atual fase.
“[A música] ‘Aleluia’ tem a ver com o meu sentido de identificação, porque fui criado num lar cristão, mas não quer dizer que seja uma música religiosa. É sim uma música espiritual e é só um exercício de gratidão. Só isso. Eu acredito que hoje, mais do que nunca, sinto-me uma pessoa infinitamente abençoada e grata por tudo aquilo que tenho, seja materialmente, espiritualmente, financeiramente e acho que é importante fazer esse exercício de gratidão e ter o tempo de agradecer pelas coisas que tu tens. E então, o que essa música faz no fundo é fazer esse exercício dentro de um espectro em que há um equilíbrio entre aquilo que faço, que é o rap, e aquilo que me define como indivíduo, como artista, que são a minha ancestralidade, a minha espiritualidade, as minhas raízes, a história dos meus pais, dos meus avós. Então é uma música que tenta honrar um bocado estes elementos todos”.
Para quem acompanha Jimmy P, de certeza que já notou uma pequena mudança na sua musicalidade mais recente.
Tudo começou a partir do single “Nortada”, onde o artista trouxe um registro com uma instrumentalização mais afropop e cantada com um flow e métrica de rap. A seguir, chegou com uma mistura da mesma base com uns elementos do funk brasileiro; e agora com “Aleluia”, segue a mesma vibe do que o artista quer daqui para a frente.
Ao ouvir logo de primeira o sample das crianças a cantar no início de “Aleluia”, tem-se logo a impressão que, provavelmente, o que irá surgir é um boom bap, mas a música se sobrepõem de maneira oposta ao que se está à espera.
Jimmy disse que a instrumentalização foi “bem intuitiva” e que o Lazuli, que é o produtor responsável pela música, foi um dos responsáveis por esta magia. A história do sample nasceu quando Francisco Reis, produtor executivo do seu próximo álbum, foi assistir a um musical, de um coral escolar, em que a sua irmã participa.
“Ele [Francisco Reis] foi ver um musical e eles [os meninos do grupo coral] cantaram um trecho da música que dizia “aleluia”. E a música começa com uma cena que é samplada desse coro. E quando nós estávamos no meu estúdio, o Lazuli mostrou-me essa cena e eu disse ‘porra, temos que arranjar forma de colar esta cena e cortar este sample“, disse Jimmy.
Sobre a composição, se foi propositada ou não, Jimmy P disse que foi “sugestivo” e que assim que ouviu disse logo: “eu posso resumir a minha vida nesta cena”.
“Tento não pensar muito nas cenas que escrevo para ser o mais natural e mais espontâneo possível. A partir do momento que começa a pensar mais nas coisas, já estou a meter filters e depois estás a bloquear energia. Porque a música é acima de tudo energia que tu emanas. Mais do que a música que fazes, o que as pessoas consomem é energia e, quando sinto que estou a ter esses bloqueios, ok, paro. Mas como neste caso foi sempre tudo bem sugestivo, fui muito atrás daquilo que as músicas sugerem. Obviamente que há temas em que quero tocar, há linhas de raciocínio que quero seguir, há coisas que tenciono dizer, mas quero que essas coisas sejam ditas no contexto musical certo, senão depois de repente estás num beat bem uplifting, bem para cima, a falar de mambos que não condizem com aquilo. Por isso, tento sempre conduzir e ir atrás daquilo que a música sugere”, explicou Jimmy P.
Tecnicamente, Jimmy P trabalhou com Lazuli na composição da música e contou também com Reis na produção. O refrão teve o suporte de backvocals de Raissa Bherin, e teve duras adicionais também de Reis. A edição das vozes foi feita por Ricardo Ferreira e mixagem e masterização de André Tavares.
O clipe foi gravado próximo da natureza. “Aleluia” teve a direção de Wilsoldiers, direção fotográfica, colorgrading de Sebastian Crayn, makeup de Biggz Costa e o texto de manifesto foi de autoria de Namalimba Coelho.
Para o seu próximo álbum, Jimmy P avançou que até agora trabalhou com Lazuli, Reis e SuaveYouKnow na produção. Para participações, o artista disse que o álbum vai ter a participação de Heber Marques.
“Com o Heber Marques, fizemos um grande som juntos, uma cena mesmo, epá… Acho que é uma das merdas que eu mais me orgulho de ter feito até agora”, disse.
O artista disse que ainda não tem data prevista para lançamento e que está quase 70 por cento concluído. Entretanto, pretende lançar mais algumas músicas até ao dia da chegada do álbum.
Acaba de chegar o “Nha Love”, uma das novas apostas musicais de Djodje. A música já está disponível nas plataformas de streaming e o clipe está nas prateleiras do YouTube.
“Nha Love”, que traduzido para português significa meu amor, entra na mesma vibe do “You”, um afropop que, provavelmente, marca mais um sucesso do canto-autor cabo-verdiano. No momento em que este artigo foi publicado, não correram ainda 24 horas de lançamento do single no YouTube e o mesmo já conta perto de 100 mil visualizações e mais de 350 comentários a felicitar e a agradecer ao artista por mais esta produção e composição.
A música foi produzida por LBeatz, detentor de cinco discos de ouro e quatro platinas e produtor dos sucessos como “Fila Anda”, com Jimmy P, e “Não Vai. A letra é de Djodje, Kady, Valter Lopes, Gerson Marta, Malyk Tafary e Ricardo Correia. A mixagem foi feita por LBeatz e masterização de Carlos Juvandes.-
“Nah Love” tornou-se num dos singles mais aguardados do artista neste ano de 2023. Tudo começou quando Djodje soltou um sketch do vídeo na sua conta do Instagram e fez com que o público e os fãs se sentissem cativados pela música “adoçada” pelo artista.
Entretanto, o vídeo no Instagram ganhou cerca de 700 mil visualizações, mais de 20 mil gostos e mais de dois mil comentários em apenas uma semana e 3 dias.
O músico Preto Show foi convidado do Podcast ByKendaz, do YouTube, onde, em uma conversa aberta e descontraída, falou sobre as suas vivências, tendo na ocasião revelado que o crescimento da sua vida aconteceu quando entrou na produtora Clé Entertainment.
Durante a conversa, Petro Show disse que Clênio e Clésio Gomes, responsáveis da Clé, ensinaram-no sobre ética, educaram-no como falar e a dirigir-se às pessoas.
“O crescimento da minha vida, aconteceu quando me juntei àqueles gémeos, eles me ensinaram sobre a ética, me educaram como falar e se dirigir às pessoas”, sublinhou.
O músico contou ainda que havia lugares em que o Clésios e Clênio iam e os organizadores do evento impediam-no de entrar porque o consideravam “indivíduo do bairro”.
“Encontrei essas duas pessoas, que querendo ou não, há sítios que os gémeos chegaram e entraram comigo, e falavam que esse vosso amigo é muito do bairro e aqui não, hoje independente de não estarmos juntos, a nossa relação ou amizade já não ser a mesma, mas eu amo essas pessoas, mas eu digo que Deus define o caminho das pessoas e o tempo resolve as situações que tem de resolver”, acrescentou.